OLHAR PARA CIMA
O espaço escolhido para a realização da ação foi o hall do primeiro
andar do Pavilhão sul. Neste espaço há umas cadeiras, umas máquinas
dispensadoras de alimentos, uma máquina para tirar copias e uma reprodução
escultórica. O parecido do lugar com qualquer sala de espera e com as dinâmicas
que em ela acontecem foi o detonante para a ação desenvolvida.
Além da disposição mesma do espaço, o design e a construção simples
das cadeiras serviu para fazer do ato de estar sentado um grau zero. Nesta ação
o olhar para o teto aparece como um ato espontâneo e inconsciente como um
movimento reflexo do pensar, do estar cansado ou desesperado, ou das diferentes
reações que acontecem no plano individual quando se esta à espera de alguma
coisa.
A ação consistiu em estar sentado utilizando a cadeira ao revés ,
trocando o chau pela parede traseira e levando o teto à frente, num continuo
olhar para cima. Nesta disposição geral foram realizadas diferentes poses
tentando manter o corpo em uma posição que resultasse ou que aparentasse
naturalidade e relaxamento. A fotografia foi o medio utilizado para dar
credibilidade a ação, só o ato fotográfico concedeu verosimilitude a ação