DESENHO COMO ATO DE PRESENÇA


Frances Stark, Drawing from a Study of Bobby Jesus, 2013 

Ensaio performativo:
Desenho como ato de presença - estar aí
Desenhar entre o corpo e a audiência
Corpo, desenho e temporalidade
Jogos fictícios com o tempo

We are at one and at the same times our bodies are not our bodies” (Merleau-Ponty)

“Quando uso o termo corpo, estou-me a referir, no sentido mais básico, a essa condição de não saber, que resulta num conflito entre o que inegavelmente somos, mas do que no entanto ainda nos distanciamos. O corpo está no campo contraditório dos limites do próprio conhecimento.” (Jane Blocker)

“A linguagem que eu persigo não é uma linguagem de palavras. Não descreve o corpo; ao invés, produz performativamente o corpo, transforma-o num efeito. A linguagem somática é metonímica” (Jane Blocker)

“Ao deslocarmo-nos da gramática das palavras  para a gramática do corpo, movemo-nos do campo da metáfora para o campo da metodnímia” (Peggy Phelan).

“Na sua forma metonímica, esta  linguagem é percebida pelo toque e, por isso, parafraseando Scarry, está mais próxima da dor do que da visão” (Kristine Stiles)

BLOCKER, Jane (2004). What the Body Cost: Desire, History and Performance. Minneapolis: University of Minnesota Press.
MERLEAU-PONTY, Maurice (1945 [1997]). Fenomenología de la Percepción. Traducción española de Jem Cabanes. Cuarta Edición. Barcelona: Ediciones Península.
PHELAN, Peggy (1993). Unmarked: The Politics of Performance. London and New York: Routledge.
STILES, Kristine (1998). “Uncorrupted Joy: International Art Actions”. In SCHIMMEL, Paul (ed.) (1998). Out of Actions: Between performance and the object 1949-1979. London: Thames & Hudson, pp. 227-329.