"...Sendo assim, uma imagem pensativa é uma imagem que contém pensamento não pensado, um pensamento que não é susceptível de ser atribuído à intenção daquele que a produz e que causa um efeito naquele que a vê, sem que este a ligue a um objecto determinado." pp.157, O espectador emancipado, a imagem pensativa.
6. A captação das sombras/ Carvão
5. A captação das sombras/ grafite aguarelável
Outro aspecto presente, é o facto de eu ter feito intervenções no papel, através de recortes que se definiam por representações de "elementos estranhos" ou que eu os considerei estranhos àquele local. Nesta imagem, na parte central, vê-se a representação de uma parte da estrutura em ferro. Sendo um elementos não natural, decidi recortá-lo, ficando um espaço vazio nessa parte da folha. Durante a performance, senti que o pincel poderia ter sido maior, para que as manchas ficassem mais fluídas e com um aspecto mais orgânico.
4. A captação das sombras / grafite aguarelável
Nesta imagem, pode ver-se uma folha,
posicionada verticalmente, e que assenta num degrau da escadaria que
pertence a um dos terrenos da FBAUP. A ideia foi descrever/ mostrar o espaço
escolhido, sem que fosse necessária, uma representação mimética. A
actuação dos meios do desenho, serviram, apenas, para captar algo que acontece
naquele local. Na parte de baixo da folha houve um recorte, para que ela assentasse
no degrau e ao mesmo tempo, denuncia o local em que esteve a folha.
3. A captação das sombras/ grafite aguarelável
Este
exercício teve como principal objectivo trazer para "palco" um
elemento sensorial, muito importante, mas que tende a ser subvalorizado, as sombras.
Como tenho grande interesse em trabalhar sobre estas questões de luz e
sombra, vi neste exercício, uma possibilidade, e os desenhos da artista Lourdes Castro, foram, para mim, uma grande referência. Basicamente, quis dar a conhecer este espaço, através de uma outra perspectiva. A performance, activou, em mim, uma nova forma de me relacionar com este local, uma relação sensorial.
"...Portanto, a beleza interna, para ser parte da obra de
arte, deve estar incorporada em seu significado. Deve ser condição para a obra
em questão. Já a beleza externa é a beleza atribuída, por exemplo, às vanitas,
são belas externamente, assim como a natureza é bela (Danto, 2006a, p. 101).
Inclusive, a beleza externa, quando não intencional, pode atrapalhar a experiência
com a obra ao desviar a atenção de sua incorporação para a afetação natural da
sensibilidade." pp.261, Danto e a Experiência Estética.
2. Screenshot do espaço escolhido
Porquê a escolha deste local? Apesar de, actualmente, este espaço, fazer parte do campus da FBAUP, confesso que não o reconheço dessa forma. No mapa, o que aparece, é que este espaço é um terreno vizinho. Houve, em mim, um sentimento de estar a invadir outro espaço. Outro motivo, deve-se ao facto de ser um espaço constituído por natureza. Agrada-me a ideia de organicidade.
1. Mapa/localização do espaço da Faculdade
A partir
da aplicação do GOOGLE MAPS, e do geral para o particular, este vídeo pretende
dar a conhecer/informar o local que foi escolhido para o desenvolvimento da
performance. Quando recorremos a esta aplicação é porque necessitamos de saber ou mostrar a localização de um determinado sítio.