Contextualizando
a minha resposta a este exercício decidi utilizar um fragmento do meu atual
projeto pessoal de modo a conciliar com a minha ação. Essencialmente o meu
projeto incide sobre a Petrogal como foco de um processo artístico baseado em
técnicas de impressão. Faço também ligações com o conceito de ruína e locais
abandonados tendo em conta a situação atual da refinaria.
Com isto, a
seleção do espaço da performance foi fundamental de modo a estabelecer esta
ligação. Tinha noção deste espaço não utilizado pela escola, digamos, no
entanto apenas conhecia o espaço por mera passagem. O espaço que escolhi não se
trata exatamente de um local abandonado, contudo possui características de tal.
Pensei na
simples ação de pendurar roupa e desta ato surgiram-me vários aspetos a
apontar. O facto de roupa pendurada ser mais prevalente em zonas de classe
social média-baixa tal como esta tarefa não ser de todo um ato expositivo, acaba
por se tornar expositivo. Destaco também eu atribuir significado a um espaço
abandonado sendo realizada uma ação, consequentemente dando-lhe “vida”.
Pensei
inicialmente que duas árvores poderiam funcionar como ponto de ancoragem no
entanto, a solução que o espaço favoreceu acabou por ser ainda melhor do que
esperava. Tinha um cano solto de um lado e uma roda velha que pertenceria a
determinado dispositivo. Felizmente a roda ainda mexia o que tornou a
composição, na minha opinião, mais entusiasmante.
Utilizei uma
corda e as matrizes das impressões que neste caso são fotocópias de uma técnica
alternativa de litografia
Acabei por registar um rápido esboço do resultado final tal como uma mapa/planta do espaço.
Como
exercício posterior reutilizei as impressões voltando a trabalhar por cima
delas. A minha intervenção consiste num desgaste da impressão através de uma
lixa tal como alguns apontamentos e destaques com o lápis conté.