8.12.14

Desenho de Instrução - Diana Trindade

          (1) Instrução para realização de uma ação, a ser executada no espaço da faculdade (instrução realizada por Tiago Madaleno) 





          


           Esta instrução partiu do principio de uma atividade que geralmente já foi realizada outrora, apenas por diversão ou até por desafio do mesmo. Com base do seminário anterior, que consistia numa transferência-de-uso em que o propósito era estabelecer uma relação entre a manutenção do corpo e a manutenção do espaço, onde pequenos movimentos facilmente passam despercebidos, ou seja não esquecer a importância do gesto, aqui procurei manter essa mesma ação mas quem a proposta final fosse impossível de executar.
           Apenas com o respirar, com o bafo quente, embaciar o vidro de uma janela na totalidade. Esta ação consistia numa atividade repetitiva e exaustiva, de cobrir o respetivo vidro da janela com a expiração forçada. No vidro pequenas gotas de água cobriam o mesmo por breves instantes, mas rapidamente evaporava voltando ao seu estado gasoso. Com o decorrer desta ação o praticante acabaria por desistir da conclusão da mesma devido ao mau estar causado pela expiração forçada, podendo assim causar tonturas indo até ao desmaio por completo. A razão desta escolha foi propositadamente para deparar-me com a persistência, resistência e com a frustração de não conseguir dar um fim à missão estabelecida. 


   

  (2) Instrução para realização de um desenho, a ser executada durante a semana (instrução realizada por Tiago Madaleno) 





              
              Esta instrução teve como finalidade a realização de um desenho abstrato, criado a partir da união dos números expostos no papel de forma crescente , desde do numero 0 até ao número 120.
              Está ideia surgiu de uma memória passada, dos tempos em que na minha infância apenas por diversão, tais exercícios eram realizados com a finalidade de criar um desenho figurativo, com a ajuda de pontos auxiliares, devidamente numerados de forma crescente, que formavam imagens que por vezes só eram reconhecíveis no seu ponto final. 
             Nesta instrução, quis continuar com essa memória apenas deformando o resultado, criando assim um descontentamento do produto final visto que por norma algo surgia do papel assim que o último ponto era unido. O afastamento dos pontos, também é um fator de grande importância nesta instrução, a colocação dos pontos de numeração seguida em extremos opostos foi propositada para dar uma certa liberdade à linha que os une, mesmo que o seu destino estivesse destinado, a rota que toma nesse caminho era livre para que o praticante pudesse traçar linhas curvilíneas ou rectas.