3.2.16

Marta Barreto

Ao abordar este seminário, o desafio passou por olhar para os espaços da faculdade como graus zero e como posso descaracterizá-los e atribuir-lhes uma ação desviante. Durante a minha reflexão considerei o espaço do lado como o meu grau zero. Numa ação simulada, imaginei aquele lago, outrora com água, como um enorme estendal para a roupa. Com linhas cruzantes entre as margens do lago e numa apropriação daquele espaço vazio. Foi esta ação desviante, montar o estendal às margens do lado e estender a roupa, que procurei documentar, deixar em arquivo. 

A ação habitual neste espaço seria observação de um lago, ou a observação de um espaço vazio, actual. Espaço por vezes imerso de folhas, terra, pequenos animais.. Mas fora invadido por cordas, roupas e molas. Uma ação de colocar o estendal e a roupa presa com molas nas cordas.

A documentação que junto, baseia-se no sistema de transcrições gráficas de Bernard Tschumi, utilizado em Manhattan Transcripts (1994), representando o espaço arquitetónico (lago), os movimentos de colocação do estendal e a ação de estender a roupa.




ZEGHER, Catherine de; WIGLEY, Mark (2001). The Activist Drawing: Retracing Situationist Architectures from Constant's New Babylon to Beyond. Cambridge, Massachusetts: MIT Press, pp. 135-137.
TSCHUMI, Bernard (1994). The Manhattan Transcripts. London: Academy Editions (cf. http://www.tschumi.com/projects/18/)