Exercício Proposto
Neste workshop procurei estabelecer uma relação com um dos conceitos que abordo presentemente: temperatura. Tinha como intenção focar a atenção no corpo e no seu envolvimento.
Para o exercício realizado em aula propus ao Pedro que se focasse na temperatura do seu corpo. Então, com a ajuda de um termómetro, propus a medição da temperatura e o desafio de a fazer baixar 1ºC, pelo menos.
Não criei expetativas e não entendi nenhuma solução. A minha intenção estava mais focada no processo desta ação e não na sua possibilidade. Virar a atenção para si mesmo. É mais fácil fazer a temperatura subir, então pensei no contrário. De que maneira me vou esfriar? Que mudanças é que precisam de acontecer? Que extensões vou aliar ao meu corpo para me arrefecer?
Para o exercício de desenho propus desenhar com água à temperatura corporal. Esta ação seria puramente experimental, também não visa uma solução. Pretendia que o colega entendesse a água como uma matéria efémera e quando está à temperatura do nosso corpo mais efémera se torna. E, com esta matéria efémera, a ideia era criar o desenho eterno. Visto que a água, eventualmente, desaparece, é necessário a continuação da ação para que se mantenha o desenho.
Exercício Executado
Ação
Para este exercício foram-me dadas formas de esferovite para realizar uma ação e desenvolver um desenho.
A primeira dificuldade foi pensar no que quer que fosse a partir de formas tão específicas. O esferovite, neste caso, foi feito para acolher um objeto específico, daí a sua forma também o ser. Para a ação realizada na aula, a minha vontade foi desfazer-me da forma e torná-la inútil perante a sua função anterior. Penso e encaro o esferovite quase como uma prótese que é feita para ajudar a albergar algo, então, tornei-a numa forma mais orgânica que pudesse albergar algo útil para mim.
Desenho