Como é que o Desenho pode ser um Ato Performativo?
Trabalho Final
Desenho e Performatividade – modalidade 1.a)
O Desenho como Protocolo e Instrução ; O Desenho como Ato de Presença
No âmbito da UC de Desenho e Performatividade, decidi desenvolver o meu trabalho final partindo da seguinte pergunta: “Como é que o Desenho pode ser um Ato Performativo?”. Escolhi explorá-la a partir da primeira escolha que nos foi dada, a de realizarmos uma Proposta experimental, apresentada por um portefólio (a ser partilhado no blogue da UC) e um relatório crítico/memorando (1000-1500 palavras, cerca de 2-3 páginas escritas, fundamentado em referências bibliográficas relevantes para a sua compreensão). E com tema apoiado na primeira opção dada, a de podermos basear este nosso trabalho final num dos tópicos discutidos durante os seminários e laboratórios, abordando-os agora com mais tempo, profundidade e análise crítica.
Dentro deste
parâmetro decidi escolher os seguintes motes: O Desenho como Protocolo e
Instrução; e Desenho como Ato de Presença / a Temporalidade do Corpo / Desenho
em Tempo Real. Uma vez que, após a experiência dos anteriores laboratórios e
seminários, são estes pontos de partida que surgem como mais relevantes para o
meu projeto, no sentido de criar uma maior aproximação e uma relação mais
íntima entre processos performativos e o desenho.
Assim sendo, pensei na proposta experimental que iria desenvolver para este trabalho final de semestre. E escolhi fazer uma crítica aos livros de autoajuda, ao dito life coaching. Quando pensei nisto não haviam passado muitos dias desde que tinha saído com uma amiga que me aconselhou acerca das minhas inseguranças e quanto à minha falta de autoestima. Ela disse-me "Todos os dias de manhã olha-te ao espelho e diz que és linda. Vais ver que vai ajudar.". Na altura ri-me, não sei se de vergonha ou por ter achado aquela ideia completamente ridícula. E algum tempo depois, na minha mente, concebi a ideia de criticar este tipo de ajuda típica de livros de autoajuda e do mundo do life coaching, ironizando e sendo sarcástica.
Numa junção do que aprendi com o Workshop de Desenho, Instrução e Performance e com o de Desenho como Ato de Presença, decidi regulamentar a seguinte regra para eu mesma realizar: durante cinco dias iria, de manhã após acordar, dizer em frente do espelho do meu wc que sou linda e desenhar o meu rosto a pouco e pouco, até o completar ao quinto dia.