9.7.21

DESENHO COMO ATO DE PRESENÇA_PEDRO LAMEIRAS GIL

Levei para esta aula, um monte de folhas de papel de jornal virgens...

Prendi-as à parede (não há registos fotográficos) umas em cima das outras com alfinetes e comecei a registar todo o tipo de informação que ocorreu na sala de aula.

1- Tudo o que se passou no espaço envolvente


Os primeiros registos, visaram utilizar uma linguagem gráfica com um aspeto parecido ao da linguagem de código da informática. O objetivo não foi apresentar informação legível, mas sim pôr à prova o gesto na ação de diagramar, tomar notas e apontar informações.


2 - Falas (comunicação-corrente)


O objetivo deste segundo registo foi o de anotar qualquer fala que alguém dissesse no espaço em que o exercício ocorrera (o da sala de aula).
Acabei por utilizar diferentes materiais com diferentes cores para me poder referir a diferentes emissores/recetores do discurso.
Este exercício começou a seguir formas bastante mais dinâmicas, livres e soltas que as do anterior...


3 - Sons (Corpo/objetos)

Este 3º exercício seguiu a mesma lógica, mas com registo de sons no geral, de objetos, pessoas, eventos e ações exteriores ao espaço da sala de aula, etc.


4 - Gestos de desenhos


Numa altura em que os desenhos de toda a gente se começaram a contaminar entre si, este exercício é a prova mais óbvia disso.
O seu objetivo visava registar todos os gestos realizados por qualquer pessoa no espaço da sala. Foi aquele que a meu ver, interagiu de forma mais direta com as outras pessoas.


5 - Ideias - expressão (pressuposição de...)


Este 5º desenho foi realizado de forma mais ilustrativa. O seu objetivo foi o de registar as expressões das pessoas no espaço da sala de aula e a partir delas, tentar adivinhar o que poderiam estar a pensar.


6 - Trajetos (arranjar um sistema gráfico diferente)


Neste último desenho, tentei utilizar um sistema gráfico diferente dos restantes.
Para isso utilizei canetas de feltro de cores diferentes, ajudando-me desse modo a identificar o percurso realizado na sala de aula, por diferentes pessoas.

A maneira mais fácil de realizar esse registo foi utilizando uma lógica em que o desenho era realizado, pensando através da representação da planta do espaço da sala de aula.


Conclusão: Foi extraordinário reparar que os trabalhos de toda a gente se cruzaram e contaminaram, ao registar os gestos, ações, ao interagirem uns com os outros...