A performance não pode ser guardada, registrada, documentada ou participar de qualquer outro modo na circulação de representações de representações; no exato momento em que o faz, ela torna-se imediatamente numa coisa diferente da performance.
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Olhar e memória se esquecem do objeto e entram assim no campo dos significados e das associações pessoais.
fonte - PHELAN, Peggy (1993). “A Ontologia da Performance”.
O discurso que pretende saudar as "imagens" como sombras perdidas, fugitivamente convocadas das profundezas do inferno, parece assim manter-se apenas à custa da sua própria contradição, da sua transformação num imenso poema que faz comunicas, sem limites, as artes e os suportes, as obras de arte e as ilustrações do mundo, o mutismo das imagens e a sua eloquência. Por trás da aparência da contradição é preciso olhar de mais perto para o jogo dessas trocas.
fonte - RANCIÉRE, Jacques (2011) ‘Imagem nua, Imagem ostensiva, Imagem metamórfica’.
Quando não conseguimos relacionar a imagem com um motivo localizado no mundo exterior, tomamo-la por um retrato de um motivo que se acha no mundo interior do artista
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O denominador comum entre o símbolo e a coisa simbolizada não é a "forma exterior" mas a "função"
fonte - GOMBRICH, E. H. (1951 [1988]). “Meditações sobre um cavalinho de pau e outros ensaios sobre a teoria da arte”.