(1) Bandeira
Para a instrução realizada em sala de aula, sem questionar as ideias que surgiam segui meus primeiros impulsos:
Subi as escadas como quem sobe uma montanha
Dancei com meu casaco como quem brinca de roda
Soltei - o como se pudesse voar e desenhei sua marca
Foi como voltar a ser criança
(2) vento
Nosso céu ciano-típico
Logo após a aula em que executamos a primeira instrução viajei para para participar da residência artística "órbita", parte do festival súbito #2 em Águeda, próximo a Aveiro. Nove artistas de diferentes áreas, reunidos durante a semana de páscoa, em uma antiga casa no parque de Alta Vila em torno do tema "renovação".
Logo a chegar no parque, já tendo conhecimento da instrução, comecei a observar o espaço atrás de objetos que defendiam do vento.
As árvores, as paredes, as janelas, as cortinas, as roupas, os óculos, o lençol, o café e chá quente, os varais, uns aos outros no calor humano dos dias em grupo.
Sem que meus colegas de residência soubessem, transformei a instrução em uma ação coletiva.
Dividi os três dias de desenho nos preparos para a cianotipia - preparo do químico e sensibilização da superfície (o lençol), a secagem e o desenho com o sol.
O resultado final se deu em um céu azul de objetos que nos protegem do vento, enquanto indivíduos e corpo coletivo.