I – Tricotar
Tentando perceber a complexidade de movimentos executados
para realizar o acto de tricotar, prendeu-se às agulhas pincéis com tinta, e
colocaram-se folhas de modo a registar, num formato mais amplo o desenho dos
movimentos que as mãos fazem, aquando da realização desta acção. Estes
movimentos seriam sempre movimentos mais ampliados, desde a ponta da agulha até
à ponta do pincel. Paralelamente à realização do desenho, surge também o
resultado do acto de tricotar: uma amostra em malha de gato.
II – Enrolar/Marcar
Usando o fio como elemento condutor, deu-se continuidade a
uma narrativa em que o mesmo pudesse ser usado como meio de desenho, e o corpo
como suporte do desenho. Assim, com movimentos circulares foi-se enrolando o
fio ao longo dos dedos, da palma da mão, e início do braço. O tempo desta acção
foi ditado pelo início do desconforto e do arroxear dos dedos. Depois de
aguentar algum tempo estas condições, por uma questão de permanência das marcas
produzidas na pele, começou-se o processo de desenrolar o fio.
As marcas resultantes desta experiência tinham diferentes tonalidades,
dependendo do tempo e pressão com que o fio permaneceu na pele.
III – Preencher (com trama)
Continuando a explorar as propriedades do fio como elemento
comum aos três exercícios, passou-se para uma experiência de tentar produzir um
resultado tridimensional com um recurso intrinsecamente bidimensional.
Numa alusão à tentativa de recuperar o uso inicial do
objecto escolhido para intervir (uma cadeira cujo assento se encontrava
totalmente danificado) cria-se a ilusão de uma nova superfície de assento.
Apesar do seu objectivo, a realidade é que o objecto continua a não inspirar
qualquer tipo de segurança.