29.11.15

Mariana Sales

Realizado por PEDRO CUNHA

I
COM O PAPEL ATRÁS DAS COSTAS, DESENHA ALGUÉM A DAR UMA CAMBALHOTA; 
DESENHA SOBRE ESSE PAPEL.
1)Instrução para realização de um desenho, ou uma série de desenhos







 I, II, III caneta s/papel A4;
Realizado durante a aula. 
Dos principais desafios deste exercício assentava na confusão motora. desenhar um corpo em movimento ao imaginar esse movimento. E segundo, desenha-lo sobre uma folha de papel numa posição algo desconfortável ou pouco habitual.


II

MISTURA 2 NUVENS.
2) Instrução para a realização de outra acção (que não um desenho)






(Documentação; exercício realizado ao longo da semana;
A exposição destes documentos foi consentida por ambos participantes)

Ao eleger esta instrução e esta estratégia, a sua natureza semi-praticável e/ou semi-impraticável, principalmente pouco esclarecida interessou-me particularmente. curiosidade.
"impossibility has many shades, because of the ineliminable gap between and order and its execution, instrution always pose a question of plausibility"
Mas é praticável. Ao ponderar entregar esta instrução, permiti-me imaginar possíveis respostas...sem as referir. Interessava-me até onde podiam divergir
 "because divergence from the plan is enevitable and part of the work" (segundo Sol Lewitt, em SPERLINGER)

Para além da instrução entregue num pedaço de papel (doc.1), não foram acrescentadas quaisquer orientações. A sua concretização e apresentação foi deixada em aberto e a seu cargo. A qualquer dúvida foi respondido: "faz como quiseres"(doc.2)
 Ambas as parte têm responsabilidades sobre o desenvolvimento e a natureza da obra/exercício. No entanto, participam em diferentes momentos. Eu, ao conceber o anunciado. o Pedro, a estratégia de resposta.

Resposta: Uma mensagem por email que relata, por escrito, a sua execução. juntamente com observações sobre a instrução.O exercício foi-me descrito como um "processo mental"(doc.3),"Often the instructions are like 'thought experiments', where even if a course of action is being suggested it seems more like an invitation to follow a train of thinking"(SPERLINGER); parece-me coerente o objecto da resposta ser um relato posterior à sua concretização.(e a "desmaterialização do objecto de arte")

"the apparently simple model of a set of instructions often served as a kind shorthand to foreground issues including individual agency, authority, language, the realisation and recording of the artwork, and, not least, the possibility of failure"(SPERLINGER)

Sobre o registo, documentação e exposição: Como postar (expor) esta participação? Ao meu critério, em resposta ao que me foi entregue. Sobre a sua idealização por antemão: Até que ponto a minha estratégia de exposição é implicada pela/ ou participa da resposta que me é dada? Até que ponto a natureza colaborativa (se o era) deste exercício se pode arriscar a cair na indiferença e impessoalidade?(o movimento das relações de poder e autoridade entre as partes envolvidas)

SPERLINGER, Mike, Orders! Conceptual Art's Imperatives