Passeio pelo jardim, contemplo o que me rodeia, observo uma
escultura, esta detém-me.
Ao olhar a escultura mais atentamente deparei-me com uma
marca, um índice de que algo existiu ali e teria desaparecido, aquela marca
remete-me para um corte, uma fissura, uma pressão exagerada de algo estreito.
Fiquei a saber que afinal houve ali um elemento e era um fio que desapareceu,
que se perdeu no tempo, um fio que ambas as mãos seguravam e pelo que se pode
ver, um fio em tensão de tal forma que marcou a nádega.
Seguindo pelo vestígio da pista, a
marca física, faz-me deparar com um evento inesperado imaginário.
Aproprio-me da escultura e chamo-lhe “ O Fio de Ariadne”
Como reza a história, na mitologia grega, Ariadne era uma
princesa que ajudou o seu príncipe a sair com vida do labirinto do Minotauro,
pelo que lhe deu um fio para que ele não se perdesse no labirinto e pudesse
regressar ileso, esta segurou o fio até ao seu regresso e assim foi...