21.12.15

Rute Fernandes

Para este seminário foi proposta uma reflexão sobre as estratégias do desenho como arquivo e documento no contexto performativo. Para tal foi pedido que fosse selecionado um espaço da faculdade e que fosse tomado como o grau zero de uma ação desviante. Essa ação deveria reinventar o espaço, desfamiliarizando a relação com ele mantida.

A ação documentada  consiste em correr dentro de um elevador. Uma vez que se trata de um espaço pequeno e que serve como meio de deslocação, a ação desviante prende-se com o facto de o elevador se manter parado mas no interior alguém se tentar deslocar rapidamente. A ação pretende reflectir sobre a tentativa de, num espaço com uma área reduzida, realizar uma tarefa apressada, que se traduz numa incapacidade de sair do lugar e de chegar a um destino definido. 


É apresentado um registo da ação sob o formato fotográfico, que pretende recuperar a sua ocorrência, não podendo no entanto recriar o seu acto.


A ação foi também documentada, tendo como base o sistema de transcrições de Bernard Tschumi utilizado em Manhattan Transcripts (1994), representando o edifício, os movimentos executados e a ação decorrida.