Para este seminário foi proposta uma reflexão sobre as
estratégias do desenho como arquivo e documento no contexto performativo. Para
tal foi pedido que fosse selecionado um espaço
da faculdade e que fosse tomado como o grau zero
de uma ação desviante. Essa ação deveria reinventar o espaço, desfamiliarizando a relação com ele mantida.
A ação documentada consiste em correr dentro de um elevador. Uma
vez que se trata de um espaço pequeno e que serve como meio de deslocação, a
ação desviante prende-se com o facto de o elevador se manter parado mas no
interior alguém se tentar deslocar rapidamente. A ação pretende reflectir sobre
a tentativa de, num espaço com uma área reduzida, realizar uma tarefa apressada, que se traduz numa incapacidade de sair do
lugar e de chegar a um destino definido.
É apresentado um registo da ação sob o formato fotográfico, que pretende
recuperar a sua ocorrência, não podendo no entanto recriar o seu acto.
A ação foi também documentada, tendo como base o sistema de
transcrições de Bernard Tschumi utilizado em Manhattan Transcripts (1994), representando o edifício, os
movimentos executados e a ação decorrida.