27.1.16

O Acervo de Escultura do Espólio da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

O mito
Pode ser simplesmente a nova placa identificativa de tão nobre e inacessível divição.
Sem isso seria só uma despensa, arrumos, quiçá. Não interessava.
A placa apresenta o espaço. O acesso interdito, o seu especulativo valor.

As estratégias de documentação estruturam-se baseadas na incapacidade da sua neutralidade para com o evento /obra documentado.
O documento de registo, tal como as fotografias de John D. Schift acrescentam uma sensação de barreira física mais exacerbada que verdadeira entre as obras e a instalação de duchamp, his twine *1 ao mesmo tempo, é considerado um documento fidedigno por exaltar no espectador da fotografia e da instalação, a mesma reacção: de procurar buracos para passar, para ver melhor as restantes obras.

 No entanto, o desenho parece ter uma maior dimensão especulativa, parece não tão fiável ou oficial como a fotografia. Mais ambíguo. Menos condenável e menos comprometedor?
 Acho que daí ser uma opção estratégica mais “segura”?: por exemplo nas pinturas de x *2 pois consta não se poderem apresentar como provas crime. Tanto pelo lado da administração do Museu e Acervos da faculdade me permitir o desenhar mas não o fotografar dos espaços de acesso limitado. Quem é que vai acreditar que tão mui nobre divisão se encontra em tais condições?  

Desenhos da visita ao Acervo de Escultura da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
caneta permanente s/ papel
I II e III

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Na parede exterior do edifício do acervo:
O cliché

"O Hoje pertence À" "Acção"

A primeira parte da frase só é legível de noite, a restante, só no dia seguinte. 

entre a obra e o registo, o fazer e o dizer ou o dizer e o fazer
Há sempre uma desconexão, um desfazamento. 

Foi feito um desenho a spray de tinta fosforescente sobre parte de uma frase  "O Hoje Pertence À Acção" já muito desvanecida com o tempo. (escrita anteriormente a 2008,ano que ingressei na fbaup). 

















*1http://www.tate.org.uk/research/publications/tate-papers/18/drawing-in-the-dark#footnoteref5_hbsstz8 (paragrafo5)
*2
*3