Uma instrução simples e direta evidencia um interesse
próprio pelos efeitos e processos da Ação. A Instrução que entreguei sugeria apenas:
“desenha um monte de Terra. Enterra o desenho” pensando a relação entre o objeto
desenhado e o processo de enterrar o desenho no mesmo material que teria sido
desenhado. Como podemos desenhar uma expressão como um monte de terra, agora
sabendo que vamos enterrar esse mesmo desenho, como desenhamos o mesmo?
Para
mim a ideia levantava questões sobre a qualidade do desenho e qual a referência
escolhida para ele, e também qual o futuro e impacto da ação? É possível recuperar
o desenho após o seu “enterro”? Qual é o seu valor antes e depois?
O resultado das instruções é bastante direto
mas revelou para mim no aspeto da resolução do desenho formas que não me tinham
ocorrido. O carácter ilustrativo do desenho em contraste o processo de enterrar
o desenho pareceu-me criar uma metáfora mais contrastante do que como eu teria
desenvolvido as instruções mesmo que hipoteticamente.