7.7.21

~ Desenho como Acto de Presença ~

As propostas que fui abordando ao longo dos workshops são sempre oriundas do problema da Escultura: o tempo e o espaço. 

Neste pretendi abordar o o espaço enquanto constrangimento e o desenho como registo do tempo. O espaço é inerte à existência do corpo, mas do qual apenas nos apercebemos dele por constrangimento do envolvente.
 
Para isso pretendi originalmente construir um espaço, tipo caixa que ocupasse o corpo na sua quase totalidade, deixando apenas a cabeça por fora. Na impossibilidade, dados infortúnios materiais e técnicos, esta ficou numa pequena divisão que, cada qual teria de transportar. Essa caixa marcaria o espaço percorrido através de toda a parte limítrofe inferior da caixa que estaria com carvão ou grafite pretendendo que estes deixassem vestígios no espaço. 



Não foi avante por inoportunidade técnica (no local em específico onde decorria a acção).

Curiosamente despertou igualmente uma série de constrangimentos e de entendimentos sobre o espaço do corpo, obrigando os utilizadores a repensar o espaço que ocupam e como o ocupam.