Tornar livro um mundo.
Portátil.
Imóvel.
O aqui, em frente à biblioteca.
E o agora também, por que o objeto que tudo em livro transforma acompanha a silhueta de um banco (móvel) e se o banco trocar de lugar, aqui, agora, já não será mais livro. Deixando tudo claro: um objeto (livro mesmo), esculpido com a silhueta de um lugar, tornado imóvel, preso ao chão (de repente, página).
De manhã o objeto já não está lá. O imóvel foi reformado. Tudo de volta à normalidade. O que ficou comigo:
- algumas fotos;
- as lascas do objeto que não participaram da ação, como um negativo;
- um mapa com o onde trabalhei, o onde ficou o objeto, o onde escondi-me para fotografar a interação das (2) pessoas que se interessaram em folhear o lugar.
Opto por não utilizar as fotos. O mapa mostra, mais: distorce, brinca com a paralaxe. Os vestígios, o tal negativo, uma comprovação duvidosa de que a ação ocorreu. Há ainda o testemunho dos que perceberam que estavam em um livro.