18.4.18

Desenho Instrução Performance

Instrução Performance Desenho

Dádivas:

Uma nova saudação

1.     Invente um gesto não convencional para cumprimentar uma pessoa;
2.     Cumprimente o máximo de pessoas dentro do prédio que acontece o Workshop;
3.     Anote as reações das pessoas em uma lista.

Começamos o experimento no jardim da universidade, visto que não haviam muitos transeuntes no Pavilhão Sul. O gesto escolhido pela Joana é um tipo aceno com a cabeça, primeiro a apontar para cima, depois desce o rosto em uma diagonal em direção ao ombro e em seguida vira rapidamente o rosto na direção do ombro oposto.
Enquanto Joana anda, eu a sigo com uma certa distância, tentando me posicionar de modo a “disfarçar” o uso do telemóvel para filmar o que se passa a minha frente. Ao caminhar pelo jardim Joana passa pelas pessoas em velocidade regular, nem anda devagar, nem está a correr, e como se fosse cumprimentar as pessoas com o olhar enquanto cruza com elas, substitui o olhar pelo aceno. É muito sutil, mas ao observar algumas vezes é possível perceber que algumas pessoas reagem ao gesto de Joana.
Ela menciona que a dificuldade que encontra é de que as pessoas não param, mas tão pouco ela. Comentamos na possibilidade de que Joana intervira no caminho das pessoas, impondo o novo gesto como início de um diálogo, mas é decidido prosseguir de uma forma mais  orgânica.

A princípio e com certa distância, o gesto parece um tique, um movimento involuntário e sem significado. Contudo ele parte de uma iniciativa de comunicação, só acontece quando Joana tenta cumprimentar alguém. Aguardo a lista.





Sete eus

Produzir sete auto-retratos, um por dia, durante uma semana.
Os desenhos devem ser feitos através da observação de superfícies reflexivas.

Presentes:

Acompanha uma lesma andando pelo pátio, manobrando ela de um possível acidente (pisada de morte). Andar a passos lentos como a lesma, observando atentamente para o chão sem desviar os olhos, podendo manobra-la com os pés de sua pisoteada.
*imagine a lesma

Tive dificuldade de enxergar a lesma, era tão pequena. Só a vi quando era quase tarde demais. Salvei-a de um acidente mortal. Ninguém entendeu, talvez nem a lesma tivesse percebido. Continuou fugindo dos meus pés até a saída do prédio. Por fim, a recolhi e coloquei no vaso, assim ninguém a pisaria por enquanto. Voltei para a sala de consciência limpa, havia salvo a lesma. Não sei o que aconteceu a ela depois, nunca mais a vi.

O que você faz na primeira hora da manhã assim que levanta? Desenhe para eu entender.