4.4.18

Ensaio: Retórica do ato performativo




Ensaio: Retórica do ato performativo


O caminho da linguagem é, todo ele, marcado pela intencionalidade na construção do mundo humano do sentido. A natureza desse pensamento visual e dos sentidos, que retiramos e devolvemos ao mundo, estão envoltos nos mesmo mistérios e enfrentamentos por aqueles que têm algo a dizer, do mundo que os afeta, afirma Otávio Filho, (2012, p 7). 








O ensaio está sendo construído a partir da figura da mulher e sua relação com outras mulheres e com a terra (o termo terra aqui alcança palavras outras, como território – espaço – lugar – condição). A experimentação deseja alcançar a importância da sororidade, muitas vezes escondida no embrutecimento da vaidade e da indiferença, nos afirmando apáticas umas às outras, submetidas a todo tempo às ditaduras doentes e que, de nada são sociais. O trabalho aponta para pensar a arte como uma potência afetiva entre mulheres – um existir-corpo que se dilata, se agrupa e se reconhece em outros. O ensaio também faz analogia à objetificação da mulher com a galinha – seres que já nascem demarcados por sua utilidade, atravessados por mundos externos de condições e limites, de uma sociedade que deixa marcas e tenciona o desciclo – ferindo o poder natural da vida, uma força que não deve ser ameaçada. É a voz do corpo feminino que tencionamos aqui, numa sutil reflexão sobre a opressão e a violência contra a mulher, trazendo a figura da galinha como desvio de uma observação e constatação. Gerando perguntas mais do que respostas.