CHICLE SIN AZUCAR
O percurso dos sentidos por meio do "mastigar" abre portas para um infinito de percepções e conexões.
De forma espontânea algumas reflexões vieram à tona.
O ato de mastigar é orgânico como água em óleo. Visualmente lisérgico. Remete a um infinito de formas.
Passo a passo há o aumento de matéria, expansão literal. É sintético.
O ato tem som, uma espécie de "sonido intra uterino".
Percepção muscular em todas as direções. Língua, mandíbulas, dentes, palato e gengivas. Este ato teve o hortelã como parte do figurino. Arde.
Tentativa de desenho tendo a boca como suporte e a língua como protagonista. Os lábios limitam a performance. A garganta se fecha em segurança.
O objeto goma endurece pouco a pouco limitando a forma orgânica. Parece esquecer em assumir uma multiplicidade de formas.
A saliva aparece involuntariamente para hidratar o processo.
Ao mesmo tempo que me lembra amar e sexo, também tem memória de ato mecanizado e sem propósito. É um processo que em breve se descarta e que pode ser iniciado com um novo "chicle".
Da boca o processo se materializa em palavras e que por sua vez formam uma espécie de diagrama que escancara conexões, sentidos e formas.
Diagrama do mastigar um CHICLE SIN AZUCAR.