Uma folha no chão;
Um novelo de lã tingida com tinta da china;
Um pouco de graxa preta no meu Umbigo.
O Tempo do desenho é marcado pela
dimensão do fio, que vai caindo em espiral ao longo folha. Ao mesmo tempo, o meu
pensamento preocupa-se em desenrolar o fio que se encontra cada vez mais
enrolado em si. Não sei o tempo que vou demorar porque tudo depende do
tamanho do fio de decidi tingir. Tudo à volta é como se não existisse. Um estado de inconsciência
que me sujeito cada vez que desenho. As gotas de tinta que caiem é o
rasto do esforço que é feito para desenrolar o fio que cada vez se torna mais difícil.
O que se pensa enquanto se
desenha?
Em que lugar o artista se encontra no momento da ação?
A ideia para
esta experiência parte da prática exercida para Projeto e encara o conceito de
automatismo como um estado do artista: Através de movimentos repetidos e
circulares, em sentido dos ponteiros do relógio, a ação preocupa-se em atingir
esse estado de inconsciência durante o processo do desenho.