23.5.18

Desenho como Ato de Presença


Uma folha no chão;
Um novelo de lã tingida com tinta da china;
Um pouco de graxa preta no meu Umbigo.




O Tempo do desenho é marcado pela dimensão do fio, que vai caindo em espiral ao longo folha. Ao mesmo tempo, o meu pensamento preocupa-se em desenrolar o fio que se encontra cada vez mais enrolado em si. Não sei o tempo que vou demorar porque tudo depende do tamanho do fio de decidi tingir. Tudo à volta é como se não existisse. Um estado de inconsciência que me sujeito cada vez que desenho. As gotas de tinta que caiem é o rasto do esforço que é feito para desenrolar o fio que cada vez se torna mais difícil.

O que se pensa enquanto se desenha? 
Em que lugar o artista se encontra no momento da ação?

A ideia para esta experiência parte da prática exercida para Projeto e encara o conceito de automatismo como um estado do artista: Através de movimentos repetidos e circulares, em sentido dos ponteiros do relógio, a ação preocupa-se em atingir esse estado de inconsciência durante o processo do desenho.