20.6.18

Trabalho Final - Desenho como ato performativo



mais que um corpo presente



      É com base no contexto do meu projeto de mestrado - sobre as formas camufladas na Natureza - que se origina dentro de um processo performativo a experiencia mais que um corpo presente. Preocupa-se com a existência de um corpo que está sempre presente, entre a prática do desenho e as ideias enquanto autor.
       Este corpo é transferido para o espaço do objeto artístico e situa-se em dois momentos de ação:


1ºAção : Desenho da espiral sobre um corpo
     
     No primeiro momento o corpo torna-se o suporte, vivo e transformável, onde é desenhado uma espiral que se inicia no umbigo e se projeta por todo o seu corpo. O umbigo é o centro do corpo no sentido visual, biológico (o umbigo como forma inicial do crescimento do feto e troca de nutrientes e energia com a mãe) e fundamentado pela perspetiva de Hundertwasser - A Teoria das 5 Peles.


1ºAção : Desenho da espiral sobre um corpo - Final



    No segundo momento, a ação propõe um corpo camuflado pela espiral que foi desenhada, onde o desenho se torna o espaço de um novo corpo. Um corpo desmaterializado e cheio de sentimentos e sensações: são esses sentimentos que originam os movimentos da espiral que a circunscreve, como também desse efeito projetado sobre o corpo. 

       Num ambiente fechado, quase sem luz, aquele desenho corpóreo torna-se movimento espiralado através de uma outra projeção. Por algumas horas o corpo manteve-se camuflado e atingia em si movimentos inconscientes mas que traçavam o fluxo de uma espiral. Neste segundo momento da ação, tinha partilhado uma instrução com o modelo – imagina que és apenas essa espiral que está desenhada sobre ti...

2º Ação : corpo camuflado