mais que um corpo presente
É com base no contexto do meu
projeto de mestrado - sobre as formas camufladas na Natureza - que se origina dentro de um processo performativo a experiencia mais que um corpo presente. Preocupa-se com a existência
de um corpo que está sempre presente, entre a prática do desenho e as ideias
enquanto autor.
Este corpo é transferido para o
espaço do objeto artístico e situa-se em dois momentos de ação:
1ºAção : Desenho da espiral sobre um corpo |
No primeiro momento o corpo torna-se o suporte, vivo
e transformável, onde é desenhado uma espiral que se inicia no umbigo e se
projeta por todo o seu corpo. O umbigo é o centro do corpo no sentido visual, biológico (o umbigo como forma inicial do crescimento do
feto e troca de nutrientes e energia com a mãe) e fundamentado pela perspetiva de
Hundertwasser - A Teoria das 5 Peles.
1ºAção : Desenho da espiral sobre um corpo - Final |
No segundo momento, a ação propõe um
corpo camuflado pela espiral que foi
desenhada, onde o desenho se torna o espaço de um novo corpo. Um corpo desmaterializado e cheio de sentimentos e sensações: são esses sentimentos que originam os movimentos da espiral que a circunscreve, como também desse efeito projetado sobre o corpo.
Num ambiente fechado, quase sem luz, aquele desenho corpóreo torna-se movimento espiralado através de uma outra projeção. Por algumas horas o corpo manteve-se camuflado e atingia em si movimentos inconscientes mas que traçavam o fluxo de uma espiral. Neste segundo momento da ação, tinha partilhado uma instrução com o modelo – imagina que és apenas essa espiral que está desenhada sobre ti...
2º Ação : corpo camuflado |